segunda-feira, 11 de junho de 2018

“Salvar!”

- Salvar!
Que nobre missão, Felipe!
Numa manhã como hoje, sete anos atrás, bombeiros pernambucanos socorreram a mim e a Yeda, numa ocorrência de  colisão de trânsito.
Hoje, você é um deles.
Vê-lo bradar o lema “Vida alheia e riquezas salvar” me toca profundamente e me faz acreditar que, na verdade, não há o “outro”, pois somos todos “um”.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

A voz vibrante de um samurai


 Meu pai tinha uma voz vibrante, inconfundível.
E quem o conhecia, sabia que a voz vibrante dele vibrava seu profundo amor ao próximo, seu desejo de transmitir luz espiritual a todos que pudesse alcançar.
Certa vez, há cerca de 30 anos, ele estava transmitindo os ensinamentos do mestre Masaharu Taniguchi no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções de Pernambuco. Quando ele mal havia iniciado a palestra, faltou energia no recinto e tudo ficou escuro e silencioso. De repente, a voz vibrante de papai rasgou o silêncio da escuridão e continuou a iluminadora preleção. O público ficou eufórico com a bravura daquele orador e respondeu com calorosos aplausos.
Ele era assim, tal como um samurai que segue os valores do Bushidô, ele avançava destemidamente para cumprir sua missão, sem ao menos tomar conhecimento dos obstáculos.
Recentemente, quando as luzes do palco de sua vida terrena já estavam prestes a se apagar, papai me deu provas de que, de fato, era um valente samurai.
Naquela madrugada em que, no hospital, segurei suas mãos fortes e, juntos, oramos a Deus, papai ainda encontrou forças para me transmitir profundas verdades sobre a vida e a morte, sobre a transcendência da nossa essência espiritual. Falou-me sobre a missão de amar sempre e sobre entender que os aprendizados da vida são expressões do amor de Deus.
A certa altura daquela nossa última conversa, acariciei seus cabelos e lhe disse:
- Papai, você tem uma essência de Luz!
E ele me respondeu:
- Todos têm.
Falei, então: Ah é, todos têm essência de Luz. O que que é a Luz?
- Deus. Infinito conteúdo.
- Deus está aqui? Perguntei.
- Deus está conosco. Em todos. Sem Deus não teríamos nascido. Tudo é expressão de Deus.

E continuou falando sobre as lindas imagens que estavam sendo projetadas na tela de sua mente, tal como gravuras coloridas apresentadas em slides.
Antes de adormecer, ele concluiu nossa conversa com a seguinte oração:
- A harmoniosa vida de Deus ilumina o Universo e no mundo reina a paz. Obrigado. Muito obrigado! Muito obrigado!

Por volta das 6 horas da manhã, o samurai que estava diante de mim pediu para se sentar e, buscando a melhor vibração de sua voz, realizou a seguinte oração:
- O amor de Deus preenche toda face da Terra e desfaz todos os sentimentos contrários ao amor. Todos os povos do mundo são vivificados pelo amor de Deus e amam-se uns aos outros. A partir deste momento, não haverá mais vibrações destrutivas como ira, ódio, rancor e hostilidade. O infinito amor de Deus flui para o meu interior e em mim resplandece a luz espiritual de amor. Esta luz se intensifica, cobre toda a face da Terra e preenche o coração de todas as pessoas com o espírito de amor, paz, ordem e convergência para o centro.
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Reverencio e aplaudo de joelhos esse bravo e leal exemplo de homem, pai e líder espiritual.
Amor eterno!
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Agradeço a todos os amigos pelo abraço  e palavras de conforto que toda nossa família recebeu.
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Moritoshi Hiramine
Um anjo samurai
*25.01.1943
+30.04.2018

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Mãos fortes


Hoje, meu amado pai me pediu: Filho, ore para mim.
Segurei suas mãos, as mesmas mãos fortes de sempre, e me concentrei para orar a Deus, orar com Deus. Presente ali um ingrediente indispensável da oração: o sincero sentimento de amor ao semelhante que está à nossa frente. Mas, ao apertar firme as mãos de papai, minha mente viajou num tempo que transcende o tempo, como que conduzida pelo deus Kairós, da mitologia grega. E, de repente, me vi num dia da minha infância: papai segurava firme a minha mão quando caminhávamos pelas ruas de Curitiba. Nessa tela mental de um tempo sem tempo, eu, com cerca de 8 anos, julgando-me grandinho, estava com vergonha de andar de mãos dadas com o papai - “O que diriam meus coleguinhas ao verem tal cena?”
Hoje, o “deus da oportunidade” me oportunizou estarmos novamente de mãos dadas, pai e filho. Não sei bem quem era o pai e quem era o filho. Só sei que Deus estava ali presente, corporificado nos sentimentos de gratidão e amor. Afinal, como disse meu irmão Teo, citando o ensinamento da Seicho-No-Ie, “o amor e a gratidão são os sentimentos que melhor captam as vibrações curativas da Vida”.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Um relógio Orient automático



Quando eu tinha 9 anos, vi meu irmão Ronaldo, um ano mais velho que eu, com um lindo relógio Orient automático em seu pulso.
Perguntei-lhe quem o havia presenteado. Ele me respondeu: Comprei com o dinheiro do meu trabalho. E me falou coisas muito instigantes sobre o quanto o trabalho enobrece o homem e sobre como é gratificante servir ao próximo. Interessei-me em seguir seu exemplo. Ele se comprometeu de me levar, no dia seguinte, a uma entrevista junto a seus patrões. Assim, após voltar da escola e almoçar, fui apresentado ao meu local de trabalho e a meus primeiros patrões: era uma quitanda que papai, mamãe e tio Satoru tinham na Av. República Argentina, no bairro da Água Verde, em Curitiba.
O gerente, tio Satoru, me entrevistou e, com aquele saudoso sorriso, aceitou-me como colaborador. Mas havia uma condição: eu não podia descuidar dos estudos, podendo ir laborar somente depois de terminar as tarefas escolares de cada dia.
Assim, Ronaldo e eu trabalhávamos com afinco na próspera quitanda da família, organizando as frutas e verduras nas gôndolas, fazendo a limpeza do estabelecimento e ajudando a embalar as compras dos clientes. A retribuição da dedicação era feita por hora trabalhada. No fim da tarde, de vez em quando, éramos agraciados com x-salada e chocomilk. Ao anoitecer, colocávamos os pesados tonéis de lixo na calçada e ajudávamos a fechar o estabelecimento.
Assim, poupei, dia a dia, a remuneração que recebia do trabalho, sonhando em investir na aquisição do meu relógio.
Inspirei-me em Ronaldo no método de poupar: colei um envelope atrás de um quadro que havia no nosso quarto, e, todos os dias, fiz os depósitos nessa caderneta de poupança.
Finalmente, chegou o dia de ir à relojoaria do Onishi-san, no centro de Curitiba. Fui acompanhado do meu consultor, Ronaldo, que me mostrou lindos modelos e indicou as opções que cabiam no meu orçamento.
Concluída a compra, agora éramos dois irmãos com  relógios Orient automático, adquiridos como recompensa do trabalho dedicado à família e ao próximo.
Recentemente, presenteei meu irmão com o livro A Lei do Triunfo, de Napoleon Hill, expressando minha profunda gratidão pelos valores que ele me passou, desde a infância, e por ser uma referência de líder para mim e para todos os irmãos.

domingo, 11 de março de 2018

Missão de Vida


Amar é a minha missão de vida. Dar o melhor de mim às pessoas ao meu redor, contribuindo para que desenvolvam plenamente seu potencial interno e sintam alegria de viver.
Ver e contemplar a natureza divina presente no interior de todas as pessoas, olhando-as com a alma, sem julgamentos, com empatia e afeto.
Acolher as pessoas no coração, com leveza e esperança. Com grandeza e desprendimento.
Exercer a liderança luminosa no lar, no trabalho e nas atividades religiosas e sociais, influenciando positivamente a atmosfera de cada um desses ambientes, de modo que todos possamos compartilhar bons sentimentos, auxiliando-nos mutuamente na construção de um mundo melhor.
Ser um filho de quem meus pais possam se orgulhar, reverenciando-os e honrando o legado que recebi deles. Ser um marido leal e profundo na manifestação do amor. Estar sempre ao lado da minha mulher no seu aprimoramento pessoal e profissional. Ser um pai presente de corpo e alma, amando e educando meus filhos e netos com a sabedoria de Deus e as linguagens do amor. Ser um irmão parceiro e fraternal, presente na vida dos meus irmãos. Ser um colega de trabalho amigo, que se importa com a felicidade e realização de cada um dos colegas.
Retribuir a Deus o dom e os talentos que recebi, oferecendo ao Universo um trabalho primoroso, dedicando-me e desenvolvendo-me como gestor público, como orientador espiritual e como coach.
Flávio Koji Hiramine

sábado, 10 de março de 2018

A formação como Professional & Self Coach



Participar da formação do curso Professional & Self Coach - PSC, em novembro do ano passado, a convite do MPF, juntamente com mais 50 colegas de todo o Brasil, foi um daqueles momentos em que a nossa vida dá uma guinada inesperada, e, neste caso, fazendo uma curva exponencial ascendente, para o alto, bem alto.

Tanto o período de estudos a distância, que antecedeu a imersão presencial, como a semana de intensas atividades presenciais em Brasília-DF, bem como o peer coaching e as pesquisas para o trabalho de conclusão de curso, foram etapas que me convidaram a uma autorreflexão profunda, a um mergulho no meu eu interior, encontrando a minha essência humana, com suas sombras e sua luz, honrando e respeitando a minha própria história. Memórias luminosas das diferentes fases da vida vieram à tona, preenchendo minha alma de profundo sentimento de gratidão. Memórias difíceis do passado foram ressignificadas, mostrando sua essência de luz, sua intenção positiva por trás do emaranhado de sombras. Nessa mescla de luz e sombra, nesse diálogo interno entre os selfs 1 e 2, nesse transe conversacional, na dualidade e unidade entre o consciente e inconsciente, uma mudança interna muito intensa aconteceu.

As perguntas do processo de coaching me ajudaram refletir se, de fato, estou escrevendo a minha própria história, como protagonista de meu enredo, como alguém que tem consciência de seu propósito de vida, sua missão, ou se apenas estou vivendo por viver, de uma forma simplesmente reativa. Viver com plenitude e intensidade é muito mais do que viver para não perder. Viver de verdade é viver para ganhar, ou seja, para cumprir uma missão, deixar um legado, viver para oferecer ao Universo o que há de melhor dentro de nós, como retribuição pelo dom da vida que recebemos todos os dias.

Ao entrar em contato com a minha essência, minhas competências, meus talentos, meus matizes de luz e sombra, encontrei o caminho para o meu autoaprimoramento, a minha autoaceitação, aumentando significativamente a minha autoestima. Nem seria necessário registrar que, em decorrência desse processo de desenvolvimento, houve uma melhora na minha performance em vários aspectos da vida.

Agora sou um Professional & Self Coach.

Agora, que recebi tudo isso com mente fértil e grata, quero que essa semente possa produzir frutos no mundo ao meu redor. Quero multiplicar esses conhecimentos, ou, melhor dizendo, essas competências adquiridas e despertadas, para influenciar positivamente a vida das outras pessoas. Proponho-me a retribuir ao Universo essa bênção recebida, seja no dia a dia, no trabalho do MPF, seja em outros ambientes externos, auxiliando as pessoas a encontrarem dentro de si mesmas seus talentos e potenciais infinitos, contribuindo para que cresçam, que mudem seu modelo mental, que se permitam superar crenças limitantes, ressignificar suas sombras e manifestar sua essência de luz.

  IKIGAI Virou moda os coaches recorrerem a essa expressão japonesa para falar sobre o propósito e vida.  Há, na internet, muitos vídeos que...