sexta-feira, 20 de abril de 2018

Mãos fortes


Hoje, meu amado pai me pediu: Filho, ore para mim.
Segurei suas mãos, as mesmas mãos fortes de sempre, e me concentrei para orar a Deus, orar com Deus. Presente ali um ingrediente indispensável da oração: o sincero sentimento de amor ao semelhante que está à nossa frente. Mas, ao apertar firme as mãos de papai, minha mente viajou num tempo que transcende o tempo, como que conduzida pelo deus Kairós, da mitologia grega. E, de repente, me vi num dia da minha infância: papai segurava firme a minha mão quando caminhávamos pelas ruas de Curitiba. Nessa tela mental de um tempo sem tempo, eu, com cerca de 8 anos, julgando-me grandinho, estava com vergonha de andar de mãos dadas com o papai - “O que diriam meus coleguinhas ao verem tal cena?”
Hoje, o “deus da oportunidade” me oportunizou estarmos novamente de mãos dadas, pai e filho. Não sei bem quem era o pai e quem era o filho. Só sei que Deus estava ali presente, corporificado nos sentimentos de gratidão e amor. Afinal, como disse meu irmão Teo, citando o ensinamento da Seicho-No-Ie, “o amor e a gratidão são os sentimentos que melhor captam as vibrações curativas da Vida”.

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