Homenagem à guerreira Jandira Paulina de Souza, minha mãe espiritual (*25.05.1930 +27.05.2015)
O ciclo da vida
O dia é a vida.
Mas a noite não é a morte, não é o fim.
O amanhecer, com seu frescor, sua luz e musicalidade é o florescer da juventude.
A luta diária sob sol a pino ou sob a chuva incessante é a fase da maturidade.
O entardecer é a caminhada livre e descompromissada. É a sensação do dever cumprido. É apreciar o crepúsculo sem pressa, banhando-se nas luzes do sol, da lua e das estrelas.
O anoitecer, por fim, não é o fim. É o repouso do corpo cansado e o vôo silencioso da alma, a descansar em uma dimensão superior, misteriosa.
Mãe é anjo.
Mãe é Deus.
Mãe é um mistério!
Mãe acorda mais cedo que os filhos.
Enfrenta sol, chuva, tempestade, tudo.
Tudo que faz é em nome do filho.
Sua missão: amar infinitamente!
Eternamente!
À noite, cansada da lide, seu corpo quer descansar.
Mas sua alma maternal, divina, a faz buscar novo fôlego.
Só quer se deitar após cuidar um pouco mais do filho.
Mas, mãe, você acordou mais cedo.
O filho acordou mais tarde.
Não se preocupe se chegou a hora de deitar-se e repousar.
Quem acordou mais cedo tem o direito de recolher-se primeiro.
É o ciclo da vida.
Tenha bons sonhos!
Outro dia, mãe e filho se encontrarão novamente!
Bom descanso!
Flávio Koji Hiramine
quinta-feira, 28 de maio de 2015
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